Devemos procurar por precisão, porém não devemos ser curiosos. A palavra de Deus é exata, mas não devemos buscá-la com um coração curioso. Se o fazemos, perderemos seu valor espiritual. A Bíblia é um livro espiritual, portanto precisa ser entendida com o espírito. Se a intenção da nossa busca pela sua precisão for a satisfação da agitação da curiosidade em vez da busca pela espiritualidade, teremos entrado pela caminho errado. Quão infeliz é, que muitos procuram sempre por coisas estranhas na Bíblia. Por exemplo, pessoas gastam muito tempo tentando provar que a árvore do conhecimento do bem e do mal é a videira. Tal estudo da Palavra é fútil. Reconhecendo que se trata de um livro espiritual, devemos tocar vida, espírito, e o Senhor nele. Vendo as coisas espirituais podemos também ver a exatidão da sua letra, porque todas as coisas espirituais são precisas. Seremos desviados em nossa busca se não nos aproximarmos deles do ponto de vista da busca pelas coisas espirituais.
Algumas pessoas viajam pela trilha da curiosidade desordenada, especialmente no estudo da profecia. Eles estudam a profecia não para esperar a volta do Senhor, mas com o propósito de conhecer o futuro. A diferença entre o que é espiritual e o que é não-espiritual é tremenda. Se somos apenas curiosos, tomaremos todas as questões espirituais e preciosas e as transformaremos em coisas não-espirituais e mortas. Isso é de fato muito sério. Devemos discernir diante de Deus o que é valioso e o que não é valioso, o que é essencial e o que é incidental. O mesmo Senhor Jesus que proclama que “até que passem o céu e a terra, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.” Também declara que “vós ... tendes negligenciado os preceitos de maior peso da Lei” (Mat. 5.18, 23.23). A lei á exata ao ponte de nem um jota nem um til passará, mas também contém aqueles que devem ser considerados como os preceitos mais de maior peso. Os curiosos desenfreados escolhem as questões mais leves para estudar. Viajando pela estrada mais leve, eles cedo se tornarão frívolos. A sua condição se encaixa perfeitamente naquilo que o Senhor Jesus se referia quando disse: “Vós ... coais um mosquito e engolis um camelo” (Mat. 23.24). Eles coam o menos mas engolem o mais essencial. Tal maneira de estudar a Bíblia é totalmente errada; e é originada da nossa natureza curiosa. Como podemos esperar estudar bem as Escrituras se nossa natureza permanece sem transformação?
Essas questões mencionadas acima, de subjetividade, descuido e curiosidade são as doenças comuns do homem. Precisamos ter esses defeitos corrigidos diante de Deus para que possamos nos tornar objetivos, precisos, e não-curiosos. Tais hábitos não são formados em um ou dois dias; eles se tornam habituais apenas depois de uma persistente autodisciplina (ou melhor dito, disciplina do Espírito). Onde quer que tomemos as Escrituras para ler, façamos isso objetivamente, acuradamente, e sem curiosidade. E quando nossa natureza e hábito forem corrigidos apropriadamente, estaremos então aptos para estudar bem a Bíblia.
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